Saiba Mais: Instalação de Iluminação:

A NBR 15575, que trata especificamente das edificações e seus sistemas, incluindo o de iluminação, divide-se em partes, sendo elas: requisitos gerais, requisitos para os sistemas estruturais; requisitos para os sistemas de pisos internos; sistemas de vedação verticais externas e internas; requisitos para sistemas de coberturas, e ainda, sistemas hidrossanitários.
Na versão atual da NBR 15575, de 2013, a avaliação do desempenho da iluminação em edificações considera a junção de iluminação natural e artificial. Em ambos os casos, devem ser observadas as exigências humanas de conforto visual, que englobam questões como iluminâncias adequadas à atividade exercida e campo visual livre de ofuscamentos. Para as duas, durante o dia, as dependências da edificação habitacional, devem receber iluminação natural conveniente, oriunda diretamente do exterior da edificação, ou ainda indiretamente, se for através de recintos adjacentes. Para o período noturno, o sistema de iluminação artificial deve proporcionar condições internas de nível satisfatório para ocupação dos recintos e circulação pelos ambientes com conforto e segurança. Definidas essas duas condições importantes e primárias de iluminação, a norma aborda, separadamente, para cada uma das situações, requisitos, critérios e métodos de avaliação distintos ou similares, dependendo do caso.
Os níveis gerais de iluminância, nas diferentes dependências do edifício habitacional, levam em consideração exclusivamente a iluminação natural. Apesar disso, são apresentadas algumas observações, sendo uma delas a de que em edifícios multipiso, admitem-se, para as dependências situadas no pavimento térreo ou subterrâneo (abaixo da cota da rua), níveis de iluminamento ligeiramente inferiores aos valores especificados: diferença máxima de 20% em qualquer dependência. Além disso, os critérios apresentados não se aplicam às áreas confinadas ou enclausuradas, como por exemplo, banheiros, que não possuam iluminação natural. A norma ainda observa que se deve verificar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação local.
Os projetos para ambientes com iluminação natural devem considerar, ainda: a disposição dos cômodos; a orientação geográfica da edificação; o dimensionamento e posição das aberturas; o tipo de janela e de envidraçamento; a rugosidade, revestimento e cor das paredes, tetos e pisos; a existência de poços de ventilação e iluminação; o domo de iluminação e a influência de interferências externas, como construções vizinhas, muros e taludes.
A NBR 15575:2013 também trata de comunicação com o exterior que recomenda que a iluminação natural das salas de estar e dormitórios seja oferecida através de vãos de portas ou de janelas. No caso das janelas, recomenda que a cota do peitoril esteja posicionada, no máximo, a um metro do piso interno, e a cota da testeira do vão, no máximo, a dois metros e vinte centímetros, a partir do piso interno. A definição dessas alturas torna as áreas de superfície de trabalho receptoras de uma maior incidência de luz solar direta. Aberturas muito próximas ao teto ou ao piso proporcionam uma iluminação indireta e menos eficiente, tornando o uso de sistemas complementares de iluminação necessários para o conforto visual na prática de diversas atividades.

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