Curso Técnicas Ensino à Distância (EAD)
Curso Técnicas Ensino à Distância (EAD)
Nome Técnico: Curso Aprimoramento para Aplicação de Técnicas de Ensino à Distância
Referência: 112010
Curso Técnicas Ensino à Distância (EAD)
O Curso Aprimoramento para Aplicação de Técnicas de Ensino à Distância visa o preparo discente para a realização de ensino à distância, sendo capaz de transmitir seu conhecimento através de plataformas online, utilizando-se dos meios tecnológicos mais avançados e eficazes para desenvolver atividades, tirar dúvidas dos seus alunos e ainda aplicar avaliações.
O que são Técnicas de Ensino à Distância (EAD)?
A Educação à Distância é a modalidade educacional em que alunos e professores estão distantes fisicamente ou temporalmente e por isso, se faz necessário o uso de métodos tecnológicos como plataformas e salas online, bem como a adequação dos métodos tradicionais educacionais às novas demandas de ensino e formação. Um bom professor de Ensino à Distância sabe utilizar plataformas diferentes, e mantém o acompanhamento evolutivo de seus alunos através de meios tecnológicos eficazes, utilizando-os sempre a seu favor.
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Saiba Mais: Curso Educação à Distancia
“[…] EaD: modalidade, forma ou concepção de educação?
O que é a EaD? Começo dizendo duas coisas que ela não é: nem uma modalidade de educação, nem uma concepção de educação.
Apesar de ser corrente a referência à educação a distância como uma modalidade, o termo pode trazer confusão com especificidade educacionais tais como Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional, Educação Indígena, estas sim modalidades educacionais. A imprecisão é tanta que há normas legais que chegam a dizer que EaD é uma modalidade educacional que poderá ser aplicada a diversos níveis e modalidades de ensino. Por isso, prefiro utilizar a expressão forma educacional.
A distinção deve ser estabelecida, sobretudo, em relação a concepções de educação. Neste caso, a confusão pode trazer conseqüências mais graves, tendendo a cair nas polarizações extremadas a que aludi, tanto de rejeição automática, quanto de adoção acrítica.
Alguns consideram que educação a distância, por sua natureza, é sinônimo de educação massificada, de qualidade inferior. Efetivamente, tal característica foi marcante nas origens da EaD. Muitas dessas práticas foram de cunho tecnicista, enfatizando o material pedagógico (pacotes instrucionais) em detrimento da mediação pedagógica exercida pelo professor. Aliás, em inglês há uma expressão que as qualificam como pedagogia teacherproof, ou seja, “à prova de professor”. A falta da presença física do professor condenaria, portanto, a educação a distância a um estilo frio, impessoal, mais próprio de pedagogias “bancárias”. Sem dúvida, a existência de cursos de má qualidade reforça a imagem da EaD como negócio de instituições não idôneas que a têm como estratégia de corte de custos, para aumentar sua lucratividade.
No extremo oposto, percebo um deslumbramento daqueles que estão firmemente convencidos de que a EaD inaugurou a dialogicidade na relação educacional. Parecem
acreditar que antes dos ambientes virtuais de aprendizagem, tudo o que havia era um professor presencial que se limitava a ditar a matéria para os alunos decorarem. Agora, com as novas tecnologias de informação e comunicação, estaria ocorrendo uma revolução copernicana na educação.
É interessante notar que essa mesma analogia já fora usada pelo filósofo e educador norteamericano John Dewey, para acentuar o novo lugar do aluno no processo de aprendizagem proposto pelo escolanovismo. Também há aproximadamente um século, Freinet, na França, usava a tecnologia subvertendo o tradicionalismo com a utilização da imprensa na sala de aula com crianças como suporte para uma concepção de educação como autoria.
Podemos lembrar nossos escolanovistas Anísio Teixeira e Roquete Pinto, entre outros, que defenderam o uso da tecnologia subordinada a um projeto de educação. Ou, ainda, Paulo Freire que, mesmo na penúria de situações materialmente bastante adversas, sempre extraiu nelas a riqueza da construção coletiva do conhecimento, valorizando e problematizando os saberes dos educandos.
Com isso, quero acentuar que não há dicotomia radical entre presencial e a distância, enquanto concepções antagônicas de educação. Afora o reducionismo que uma opção reduzida à lógica binária comporta, colocar-se a questão se, por sua natureza, a EaD seria bancária ou dialógica, pressupõe que o meio vá determinar a relação pedagógica. É curioso notar que as posturas extremas de rejeição automática ou adesão acrítica se aproximam, ao conferirem aos recursos tecnológicos o poder de conformar a mediação docente.
Ao se tomar o aluno como um ser vazio (no sentido etimológico: a-lumno – o sem luz), descontextualizado, reduz-se a relação pedagógica a um preenchimento, que Paulo Freire criticou através da metáfora bancária. Ou seja, o professor faz uma série de depósitos, efetuando depois o saque, por meio das provas. A metáfora bancária de Paulo Freire poderia ser atualizada como caixas eletrônicos, adequando-a aos avanços da informática.
Apesar de que muitos projetos ainda guardam esse perfil, entendo que conceituar em bloco as práticas de EaD como tecnicismo pedagógico é, como já se disse, “errar de século”.
Aliás, o suporte material impresso (ainda hoje, o mais utilizado em EaD, no Brasil) pode comportar tratamentos diversos. Ele pode veicular propostas pedagógicas menos ou maisparticipativas, desde pacotes instrucionais fechados, a textos que provocam a reflexão, comtutores exercendo propriamente funções docentes, incentivando o estudante a escrever sua contra-palavra.
A tendência é que as fronteiras entre educação presencial e a distância cada vez mais percam demarcações rígidas. Cursos a distância recorrem a atividades presenciais como estratégias para conseguir um melhor rendimento, aumentando o sentimento de fazer parte de um grupo, o que pode ser decisivo para evitar a evasão.
Por sua vez, a utilização das tecnologias de informação e comunicação nos cursos presenciais será corriqueira. Nesse sentido, já me referi à Portaria dos 20% (no. 4.059, de 2004) que permite às instituições de ensino superior a oferta de disciplinas que utilizem a modalidade semi-presencial. Reafirmando a preocupação de que tal prescrição legal não se torne simplesmente um caminho para enxugamento de custos, considero que a formação de professores, nos cursos de pedagogia e nas licenciaturas em geral, prioridade da educação brasileira, não pode desconhecer o uso das TICs, ou, como afirma Maria Luiza Belloni
A perspectiva de formação de professores exige esta reflexão sobre como integrar as TICs à educação como caminho para pensar como formar os professores enquanto futuros usuários ativos e críticos bem como os professores conceptores de materiais para a aprendizagem aberta e a distância. (2006, p.77)
Assim, como bem aponta Francisco José da Silveira Lobo Neto (2006, p. 414), o desafio que se nos apresenta é o de fazer uma educação aberta como síntese que supere a polarização presencial e a distância.
O que vem se manifestando em horizontes cada vez mais próximos é: uma educação aberta, porque exigência de um processo contínuo ao longo de toda a vida; uma educação plural, porque exigência da crescente complexidade da vida humana em suas dimensões social e individual; uma educação dialógica, porque exigência da necessidade de negociar decisões coletivas nas situações, cada vez mais freqüentes, de incerteza e de urgência.
E hoje, e mais ainda amanhã – com o aperfeiçoamento dos suportes de processamento da informação e dos meios de ampliação fidedigna da comunicação em graus cada vez maiores de interação mediada -, o conceito de presencial se modifica e já nos desafia no acolhimento crescente do virtual como
realização de presença.
A discussão central diz respeito, portanto, à educação. As grandes questões da EaD são muito próximas das questões gerais da educação. Há uma imensa tarefa de regulamentar uma forma nova, tão dinâmica, desafio que tem paralelo com a luta por estabelecer critérios de qualidade também no presencial […]”
Fonte: Márcio Silveira Lemgruber